domingo, 5 de setembro de 2010

Uma(s) Ela(s)

Sabe quando você sabe o que dizer, mas não diz? Sabe o jeito, as palavras a usar, o tom de voz, o olhar, mas não sabe agir na hora certa? Quando ela sabe que você gosta, mas mesmo assim ela não dá nem uma "brechinha"...nem uma possibilidade pra dizer um "eu queria" (estar com você) ou um "eu posso ser essa pessoa". A intenção dessas expressões é apenas uma: saber, pela reação, se ela gosta, pelo menos um pouco, como eu gosto, do jeito que eu gosto, do meu jeito de gosto em relação a ela. Ela sabe que a solução é ela, mas espera pra ver eu me virar com um cubo mágico na mão. Mal sabe ela que bato cabeça com meu coração mágico. Queria que fosse de mágico, para ao menos impressioná-la com alguns truques. Porque meus truques de poeta já não servem neste século, e os de trovador já são comuns demais. Um cubo mágico faz-me lembrar de arco-íris. Quem dera eu estar me aventurando com um arco-íris...eu estou enxergando o pote de ouro, mas nada posso fazer. Ou posso! Não sei o que. Poeta fracassado, trovador indignado: qual sina o perseguiria, senão a do amor? Só sei, ou penso que sei, que cada dia a mais é um a menos de água, de ar, de vida, de Ela. Os fins de semana já são semanas com um fim. O fim de querer, de ter e de ser. A diferença é que aqui, como em outros poucos casos, os fins justificam o medo...o medo de pôr tudo a perder.